Sobre profissional júnior, pleno e sênior

Existem diversas opiniões sobre assunto, por vezes, muito diferentes até, e não se tem um consenso do que seguir.

Muito disso, pelo próprio mercado que define as vagas, atribuem os requisitos e o salário para vaga de tal nível.

Daí, surge um pensamento de dúvida entre os profissionais de determinada área se é aquilo que está sendo requisitado na vaga que eles precisam saber para se encaixarem no nível exigido.

As vezes, para um cargo de júnior são exigidas tantas coisas que a pessoa que se considera júnior, olha e pensa: poxa vida, eu não sou nem júnior. E eu acredito que é por isso que têm essas dúvidas de como saber o próprio nível profissional.

Como já tem muita opinião sobre o assunto, também vou dar a minha aqui.

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A meu ver, o júnior é o profissional que tem um bom conhecimento teórico (basilares), mas não tem muita prática.

Em se tratando de programação, não entendem o todo do negócio, não conseguem fazer um projeto por conta própria, não têm a capacidade de apontar, ainda, soluções que sejam tão eficazes. Ainda caminham sob a tutela de alguém, pois não têm muito conhecimento de como fazer ou não possuem tanta confiança em si ou não despertam essa confiança em seus líderes.

Estão no começo da prática. No geral, levarão mais tempo para fazer pequenas coisas, terão um código não muito bom, não conheçerão e não saberão aplicar muitos padrões. E o objetivo deles é fazer funcionar algo que lhes foi pedido pra ser feito, ou seja, algo mais de imediato.

E é normal isso, pessoal. Não é nenhum demérito. É o velho clichê “A gente não nasce sabendo das coisas”.

A medida que esse júnior vai tendo experiências, colocando em prática o que sabe, já tendo a capacidade de idealizar soluções, de conseguir conversar, e entender o que se é dito, com profissionais superiores, acredito eu, que ele já está passando para um próximo nível.

Vejo muitas empresas classificarem o nível em subníveis, exemplo: júnior 1, jr 2, jr3, pleno 1, pleno 2, pleno 3…

Pra mim faz sentido, pois o profissional que deixou de ser júnior começaria a ser um pleno iniciante.

O profissional pleno já é a pessoa que chama um pouco mais a responsabilidade. Que mata a bola no peito e antes de deixá-la cair já olha o jogo e sabe qual o próximo passo.

Já consegue resolver as coisas sozinho, têm mais segurança, tomam iniciativas, possuem bom conhecimento técnico e seguem progredindo. Não precisam mais ser tão supervisionados, não significa que estejam isentos de erros, vão errar em algum momento, mas os erros que já cometeram os fizeram aprender a como não cometê-los facilmente de novo.

A diferença do pleno para o sênior é que o pleno vai construindo a visão do todo no decorrer desse nível, vai aperfeiçoando o código, aplicando padrões, conhecendo mais de arquitetura, dos ciclos do projeto, já passam a ajudar os iniciantes e tudo mais.

Os profissionais sêniores, são como os avós, não no sentido da idade já um pouco mais avançada, mas no sentido de experiências, de já terem visto tantas coisas que quando um neto chega para desabafar diante de qualquer dificuldade, esse avô(ó), fala apenas uma frase que destrava muitas coisas na cabeça do neto, que fez sentido e o faz tomar um caminho diferente.

Mas por trás dessa frase dita, pelo avô(ó), tem uma visão do todo devido às experiências e consegue enxergar um possível caminho para a solução de uma forma mais fácil.

O profissional ao chegar nesse nível de visão, de compreensão do todo, de saber como algo pode ser começado do zero, seguir evoluindo, resolvendo os problemas que vão aparecendo, até estar, definitivamente, pronto, creio que este pode ser considerado um sênior.

E, esse profissional, ele não tem somente competências técnicas, tem também habilidades comportamentais que foi desenvolvendo ao longo do tempo (paciência, capacidade de aprender, de ensinar, de conversar, mentalidade de não se intimidar), que o gabarita mais ainda para ser um sênior.

Dessa forma, se um profissional é sênior e atua como programador em uma tecnologia específica dentro de uma empresa, se em algum momento esta empresa decidir adotar outras tecnologias que esse programador nunca trabalhou, ele não deixará de ser profissional sênior, porque, certamente, ele sabe o caminho das pedras para dominar esse novo conhecimento.

Ele, como programador, pode até ser iniciante na nova tecnologia/linguagem de programação, mas não poderá ser considerado um profissional júnior, por todo o arcabouço que possui.

Bem, isso que disse no texto é a forma que enxergo de como deveria ser analisada esse questão, mas, na prática, na vida real bruta, não é bem assim.

Na vida real é vaga para júnior, salário de júnior, mas os requisitos são de pleno. É júnior sendo alocado como pleno.

É profissional se considerando sênior por causa da quantidade de tempo que ele já trabalha naquilo, mas, no fundo, se for analisar bem, tem comportamento, quase que, de júnior.

Mas é isso, segue o jogo. Vá ganhando maturidade e escolhendo as melhores vagas.

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